sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Benfica - Vorskla Poltava

Este jogo teve a capacidade de me fazer viajar no tempo, levando-me a uma época em que ao Benfica saiam em sorteio muitas vezes equipas do Leste Europeu, equipas essas na sua grande maioria completamente desconhecidas ao mais culto conhecedor de futebol.
A historia que todas elas levavam par contar era comum, e regra geral traduzia-se em Goleadas.

Ontem finalmente voltei a rever esse Benfica! E honra seja feita aos Ucranianos que nunca jogaram para o resultado, nem tão-pouco recorreram ao anti-jogo tão popular por estes dias. Vieram sim jogar o jogo pelo jogo criando até alguns entraves durante os primeiros 20 minutos a um Benfica que após o primeiro golo se tornou avassalador.
Grande parte desse domínio pode ser imputado aos suspeitos do costume, que é o mesmo que dizer o Trio Argentino. Estes três prometem muito para esta época, e serão certamente a maior dor de cabeça para os adversários ao longo da época. Esta noite Di Maria foi sem duvida o que mais se destacou, mas a mobilidade de Saviola e o entendimento com Aimar foram determinantes para o resultado que o Benfica alcançou. Mais atrás o destaque vai sem sombra de duvida para dois elementos, por um lado Javi Garcia que cada vez mais se assume como elemento preponderante no meio-campo pelo trabalho quase imperceptível de compensações, dobras e cortes que realiza. Na defesa destaco David Luiz a marcar presença em todo o lado, e ainda com incursões a desequilibrar no ataque... Simplesmente perfeito!
Merecedor de destaque também Shaffer, que apesar de tudo se afirma como titular. Finalmente, uma ultima referência a um jogador que partiu para esta temporada envolto em mistério mas que jogo após jogo se vem afirmado como a nova revelação e dono de um talento imenso: Fábio Coentrão.

Após tão boa exibição do Benfica arrisco a considerar a eliminatória como resolvida, não só pelo resultado conseguido, mas em grande parte pelo futebol consistente e bonito que o Jorge Jesus conseguiu implementar, não se ficando apenas pelas promessas de pré-época a que nos vinhamos habituando nos últimos anos.

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