Jogo morno, sem grande historia desde o primeiro minuto.
Logo à partida de Lisboa, Jorge Jesus deixou antever, apesar de nunca o ter dito publicamente, que encarava a viagem como um mero compromisso de calendário, o que não deixa de ser uma verdade incontornável. Afinal de contas a vantagem de 4 golos obtida no Estádio da Luz resolvera a eliminatória, sem deixar grande entusiasmo à volta do jogo da segunda mão.
O Benfica aproveita a oportunidade para rodar o plantel e dar algum descanso aos mais utilizados, surgindo Moreira no lugar de Quim. Um quarteto defensivo com Luis Filipe no lado direito, Luisão e Sidnei no eixo e David Luiz na esquerda. No meio-campo o inevitável Javi Garcia a trinco, com Ramires à direita e Coentrão na esquerda, no vértice do losango aparece César Peixoto. O ataque foi entregue a Keirrison e Nuno Gomes.
Na globalidade foi um jogo chato, roçando varias vezes o entediante, muito lento e sem grandes jogadas de interesse. Ainda assim o benfica durante a primeira parte controlou o jogo por completo impondo o tal ritmo "chato" que lhe interessava, e pertencendo-nos as melhores oportunidades, senão mesmo as únicas, já que Moreira foi espectador atento, chamado apenas a intervir com os pés para afastar atrasos da defesa.
Esta toada de jogo durou ate ao intervalo, ficando a clara ideia que se alguém alterasse o marcador seria o Benfica.
A Segunda parte começa com Saviola no lugar de Nuno Gomes, que por sinal passou ao lado do jogo. Infelizmente o jogo mantinha-se nos mesmo moldes e o desinteressa continuava a reinar, até que num contra-ataque os ucranianos conseguem o golo no primeiro remate à baliza. Moreira fica mal na fotografia, falhando a saída ao cruzamento vindo da esquerda e deixando o avançado do Poltava completamente à vontade para fazer o golo da vantagem.
Esperava-se agora uma reacção do Benfica, e sobre tudo esperava-se que o jogo anima-se, mas foi pior a emenda que o soneto! O jogo acelerou, mas a incapacidade do lado do Poltava e a falta de empenho do nosso lado, levaram a que a qualidade do jogo piorasse ainda mais sucedendo-se as perdas de bola e os passes errados de ambas as equipas.
Quando passava a o primeiro quarto de hora desta segunda parte, Saviola cehaga ao empate vendo-se isolado por um mau corte de um defesa contrário, tendo apenas de dominar e bater o guarda-redes adversário.
O jogo assumiu a mesma toada que caracterizou a primeira parte, e assim perdurou até à meia-hora, quando o Poltava consegue um cruzamento do lado direito, que ressalta em Luisão e fica tudo fácil para o extremo esquerdo finalizar sem oposição.
O Benfica parecia satisfeito com o resultado, ou melhor com a qualificação para a fase de grupos da Europa League, e limitou-se a controlar o jogo perante uma equipa que demonstrou todas as suas limitações, o que ainda assim não nos impediu de perder este jogo.
Toda a equipa esteve bastante apagada, com falta de ideias e nem os que poderiam querer mostrar mais alguma coisa o conseguiram fazer. O único que escapou ao marasma geral que se abateu sobre a equipa foi o já habitual David Luiz, que apesar de jogar cada jogo numa diferente posição se afirma como o mais constante e lutador, o único que parece realmente compreender o que significa jogar à Benfica. Apesar de os dois golos aparecerem pelo seu lado em nenhum teve culpa, já que era o único que ainda tentava empurrar a equipa para a frente, criando necessariamente alguns espaços na retaguarda.
Do grupo dos jogadores a quem foi dada a hipótese de ganhar ritmo destaque para César Peixoto, com uma primeira parte muito positiva e muito combativo. Keirrison completamente apagado não confirma a fama que o acompanhava do Brasil, assumindo-se como candidato a desilusão. Luís Filipe, bem Luís Filipe... o que dizer? Mais do mesmo a que nos veio habituando... há mesmo quem defenda que o Benfica lhe devia pagar um extra-ordenado só para não se aproximar do Estádio da Luz em dias de jogo.
Apesar da qualificação para a fase de grupos este jogo deixa-me chateado. Percebo a poupança de jogadores e a rotatividade no plantel, mas os jogadores de uma equipa com a dimensão do Benfica, devem perceber que este resultado é inadmissível. Há uma camisola a defender, um orgulho a manter e um brio a cultivar entre a equipa, afinal de contas estávamos a jogar contra os ucranianos desconhecidos em todo o mundo!!! Já para não falar no facto de termos desperdiçado novamente pontos para o Ranking de Portugal nas competições Europeias que tanto precisamos, é por esta e por outras que este ano nem à pré-eliminatória da Champions fomos.
Espero sinceramente que na Segundo o Nosso Benfica no brinde com um espectáculo bem melhor do que este, seguindo a linha da pré-temporada e do jogo da primeira-mão desta competição.
Apesar de chateado com o resultado de ontem sem duvida EU VOU LÁ ESTAR na Segunda a apoiar o Maior Clube do Mundo.
Força Benfica
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