sexta-feira, 18 de setembro de 2009

BENFICA - BATE Borisov

Muitos consideram que este jogo do Benfica deixou a desejar, ou que não jogámos tanto como em outras ocasiões. Pois eu fiquei muito satisfeito pelo que vi ontem no Estádio da Luz.
Comecemos pelo treinador, finalmente um treinador que tem a confiança suficiente para colocar de inicio um jovem acabado de chegar a Portugal, um daqueles que muitos pensavam ser mais uma eterna promessa como nos vínhamos habituando nos últimos anos, e que bem que o Filipe Menezes se portou!

O Benfica, apresentou-se com uma equipa bastante mudada, começando pela baliza onde surgiu a primeira novidade: Júlio César no lugar de Quim.
No quarteto defensivo não se mexe no eixo, mas nas laterais Jorge Jesus aproveitou para dar minutos a César Peixoto e a Maxi, regressado de lesão.
No meio campo Javi Garcia (El Toro) que já é patrão do lugar com todo o mérito, na direita o inesgotável Ramires, e na esquerda o talento de Di Maria compunham a espinha dorsal da equipa. O papel de criativo foi deixado a Filipe Menezes, que não desiludiu e até mostrou muito bom toque de bola.
Finalmente na frente de ataque foi dado descanso a Saviola, e surgiram Cardozo e Nuno Gomes.

Realmente o Benfica jogou de forma diferente, não tão espectacular, mas os jogadores em campo não poderiam de todo ter o entendimento que a "primeira equipa" já vai tendo. também as características de cada um não são iguais, a começar em Aimar-Menezes que pouco se assemelham. Aimar gosta de levar a bola no pé e avançar no terreno para construir, Menezes é um jogador que solta mais cedo a bola e algo mais lento.
Nuno Gomes, à semelhança de Saviola é um jogador muito irrequieto, dando constante trabalho na frente de ataque, mas esses mesmo movimentos são bem diferentes.
Ainda assim a marca de Jorge Jesus esteve bem patente, com o Benfica a entrar pressionante e com vontade de marcar cedo. O jogo ia decorrendo mas o golo teimava em não chegar, o brilhantismo a que nos estávamos a habituar não aparecia e o Benfica canalizava demasiado o jogo pelo centro do terreno.
Somente no ultimo quarto de hora voltamos a insistir um pouco mais nos flancos e começaram a aparecer os suspeitos do costume: Di Maria, Ramires e Maxi.
Foi exactamente o Maxi que arrancou o cruzamento, depois de um excelente trabalho na direita, que encontrou Nuno Gomes no coração da área que só teve de dominar (e bem) e mete-la lá dentro. Estavam passados 35 minutos.
Cinco minutos volvidos e novo golo para o Benfica, novamente os dois obreiros do primeiro golo, com Maxi a tocar a bola para Nuno Gomes, este de primeira dá para Cardozo que  não falha!
O Benfica ia para o intervalo mais descansado, enquanto a festa continuava nas bancadas.

A segunda parte começou com o ímpeto com que se concluiu a primeira, com o Benfica a dispor de variadíssimas ocasiões para golear novamente, mas acabando por não concretizar nenhuma; a mais escandalosa a de Nuno Gomes que após enorme trabalho de Di Maria deixou a bola passar-lhe entre as pernas isolado na cara do guarda-redes adversário.
Apesar das habituais substituições, o Benfica limitou-se a gerir o resultado que tinha conquistado, podia ter sido bem mais dilatado face à diferença de qualidade expressa em campo e à quantidade de ocasiões. Nota apenas para Coentrão que entrou com a já habitual vontade, mas desta vez não dinamizou o ataque Benfiquista como em outras ocasiões.

Notas de destaque vão para David Luiz, enorme, começo a ter dificuldades em encontrar maneira de definir este jogador!!! É impressionante como está em todo o lado, como corta a bola constantemente com classe e o empenho que mete em cada jogo!!! Uma vez mais, dos melhores em campo, e hoje talvez mesmo o melhor! Muito positivo também Di Maria, quando conseguia estar em jogo era absolutamente avassalador. Ramires não sabe jogar mal, e garante empenho, velocidade na transacção para o ataque e empenho absoluto de inicio a fim. Finalmente uma nota menos positiva novamente para César Peixoto, que depois do Restelo continua sem convencer notando-se a diferença para o resto da equipa. Neste momento aquele lugar tem dono, e é o Shaffer.

Apreciação global do jogo muito positiva, já que poupamos os jogadores que realmente nos permitem fazer a diferença e ainda podemos observar "os novos" a darem boa conta de si; como já referi destaque total para Filipe Menezes, mas tambem bom jogo de Júlio César que não acusou o peso da camisola nem a "tremideira" do primeiro jogo.
Assim sim, temos equipa! e opções válidas como hoje ficou provado. Há quanto tempo não se via um Benfica a ganhar confortavelmente com as primeiras escolhas a descansar? Parabens JJ!

Domingo, uma vez mais, nova romaria até Leiria para ver o Maior Clube do Mundo: EU VOU LÁ ESTAR


FORÇA BENFICA

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